Não é a primeira vez que visito a capital argentina, já estive na terra do tango em algumas outras ocasiões. Infelizmente, todas elas foram muito rápidas. E quis o destino que mais uma vez eu viesse passar um fim de semana em Buenos Aires! Então lá vim eu, toda feliz, passear pelas ruas dessa metrópole que, muitas vezes, é comparada às belas cidades europeias. Exagero ou não, a verdade é que Buenos Aires é uma cidade encantadora! Ela possui enormes áreas verdes, belíssimas praças e muitos de seus edifícios foram inspirados na arquitetura francesa, renascentista e art nouveau. 

Esse post tem o objetivo de mostrar o que há para ser visto em Buenos Aires. Não há recomendações, como por exemplo, os restaurantes mais badalados, as grandes casas de espetáculos de tango (embora eu goste muito dos que são apresentados no Café Tortoni, simples e de qualidade) ou melhores lugares para fazer compras. A intenção é apenas destacar seus principais pontos turísticos e lugares para passear, ou seja, conhecer a cidade. 😉

Chegamos a Buenos Aires pelo Aeroparque (o aeroporto de voos domésticos) ainda de manhã cedo. Como era sábado e o trânsito ainda não estava caótico, como costuma ser em qualquer grande cidade, decidimos ir até San Telmo de ônibus. O bairro fica a mais ou menos uns 10 km de distância e levamos 20 minutos para chegar. 

Os ônibus em Buenos Aires não aceitam dinheiro, é necessário ter o cartão SUBE. Ele pode ser comprado no próprio aeroporto, no guichê do Ministério do Turismo, de segunda a domingo, das 8h às 20h (no aeroporto Ezeiza se pode comprar no guichê de Atendimento ao Turista de segunda a domingo, das 8h às 20h) e custa 90 pesos (+/- 6 reais). A passagem de ônibus custa em média 19 pesos (+/- 1,3 reais). Na cidade há diversos outros pontos onde se pode comprar o cartão, como as estações do metrô, agências de Loteria e bancas de revistas. Também há terminais de carga eletrônica, onde se pode carregar o cartão, mas apenas com dinheiro (não dá troco). 

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Já para carregar pelo celular é necessário duas coisas(funciona apenas para celulares com sistema operacional Android):

– ter plataformas de pagamento automático, como MercadoPago,

– baixar o aplicativo https://play.google.com/store/apps/details?id=com.sube.cargasube para validar a carga. 

Para mais informações consulte o site https://www.argentina.gob.ar/sube 

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Desta vez, escolhemos o bairro de San Telmo para nos hospedar. Além de  ser um bairro bem tradicional, ele fica no meio de tudo que eu planejei fazer nesse fim de semana em Buenos Aires. 

Alguns dos lugares que citarei aqui, foram visitados em minhas anteriores passagens pela cidade, e fica como sugestão de roteiro para quem tiver mais dias disponíveis para conhecê-la. 

A região conhecida como “microcentro” (entre as avenidas Corrientes e De Mayo)  geralmente é a mais recomendada para se hospedar, pois,  embora não seja a mais linda, é a que se tem acesso fácil a todos os lugares. Eu, particularmente, não acho que isso deva ser seguido ao pé da letra, pois conhecer Buenos Aires caminhando não é difícil, além de ser uma cidade gostosa de andar. Mas, para quem preferir, há aqueles ônibus turísticos que fazem o serviço Hop-on/Hop-off (percorrem a cidade e as pessoas podem descer nos pontos turísticos que quiserem).

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Chegamos antes do horário do check-in do apartamento que alugamos pelo Airbnb, então fomos tomar café da manhã em uma das muitas e charmosas cafeterias da cidade. Dois cafés com leite com duas meias-luna e algumas torradinhas custaram por volta de 300 pesos (+/- 20 reais).

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Deixamos nossas malas no apartamento e começamos nosso passeio. 

Nossa primeira parada foi em PUERTO MADERO. É um bairro novo de Buenos Aires e um dos mais caros também. Ele nasceu em 1997, às margens do Río de La Plata, a partir da revitalização da área onde se encontrava o porto da cidade. Seus galpões foram restaurados e transformados em restaurantes e lojas. Do outro lado do canal foram construídos enormes edifícios, que abrigam apartamentos de luxo e hotéis cinco estrelas, além de escritórios de diversas empresas. O bairro possui grandes áreas verdes e também aí se encontra a Reserva Ecológica Costanera Sur. 

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Um dos ícones do bairro é a vistosa Puente de La Mujer, obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o mesmo que projetou o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro e muitas outras obras importantes pelo mundo. Uma curiosidade: as ruas do bairro levam o nome de mulheres argentinas que que se destacaram nos campos da ciência, arte, política e cultura. Além de mulheres pioneiras na militância pelos direitos das mulheres e lutadoras contra os preconceitos de sua época .

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A 200 metros da Puente de La Mujer está o Parque Mujeres Argentinas (entre as ruas Juana Manso entre Manuela Sáenz e Marta Lynch). É um espaço frequentado por jovens e famílias nos fins de semana. Neste parque foram pintadas no chão figuras em 3D que rendem fotos divertidíssimas! As pinturas são de autoria do mexicano Juandres Vera. O artista sinalizou em cada uma das obras, o local onde quem tira a foto deve se posicionar, para que a foto saia com o efeito tridimensional.

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Outro passeio bastante procurado em Puerto Madero, é a visita à Fragata Sarmiento. O primeiro barco dedicado exclusivamente à instrução de cadetes navais da esquadra argentina. Deixou de funcionar como barco-escola em 1961, e foi transformado em museu. Funciona de segunda a domingo das 10h às 19h.

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Para os que gostam, ou não, de apostas, no barco Estrella de La Fortuna funciona o Casino Buenos Aires. Ele conta com mais de 120 mesas de jogos, um restaurante de nível internacional, uma confeitaria gourmet. praça de alimentação 24hs, um centro de compras e salão de High Rollers e um Poker Room. A entrada é livre e gratuita para os maiores de 18 anos. Por questões de tempo, não fomos visitá-lo, mas é um passeio bastante recomendado, principalmente para os que têm curiosidade em conhecer um cassino, já que este tipo de estabelecimento é proibido no Brasil. 

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De Puerto Madero fomos para a PLAZA DE MAYO, coração de Buenos Aires e palco principal das inúmeras manifestações populares argentinas. 

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É em frente à esta praça que está localizada a Casa Rosada, sede do Poder Executivo.  Existem várias teorias que tentam explicar a  origem da cor da fachada, mas a mais simbólica diz que, durante as guerras civis argentinas no começo do século XIX, protagonizadas por grupos dos partidos Federalistas e Unitários, estes utilizavam as cores vermelho e branco, respectivamente, para se identificarem. O Presidente Sarmiento teria mandado pintar a sede da presidência de rosa, já que essa cor seria a mistura das outras duas, para simbolizar a paz e a união dos partidos sob uma mesma ordem democrática.

Em 1952, foi da sua sacada que a emblemática ex primeira-dama Eva Perón proclamou seu famoso discurso às massas trabalhadoras no dia 01 de maio.

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Se você quiser conhecer um pouco da história argentina ao longo dos mandatos de seus presidentes, recomendo fazer uma visita interna. Das duas últimas vezes que estive em Buenos Aires, a última em 2014, era possível conhecer seu interior de forma independente. Hoje em dia só é possível o acesso através de visitas guiadas, com agendamento prévio de até 15 dias. As visitas são gratuitas, em espanhol ( o único tour em inglês é o das 12:30) e acontecem aos sábados, das 10h às 18h. O agendamento é feito no site https://visitas.casarosada.gob.ar./

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No entorno da Plaza de Mayo também estão dois outros icônicos edifícios: a diferentona Catedral Metropolitana, com sua fachada em estilo Neoclássico e sem nenhuma torre, mais parece um templo grego. No seu interior está o mausoléu do herói nacional general José de San Martín, O Libertador. 

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O outro é o Cabildo, sede da administração do país na época que era colônia da Espanha e que hoje é um museu. 

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Hora do almoço e a ideia era não gastar muito. Escolhemos aleatoriamente um lugar, que no final resultou em uma boa opção. Comemos no restaurante Suipacha, comida boa a preço justo. O almoço para duas pessoas, com bebida, custou 680 pesos argentinos (+/- 55 reais).

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Em frente à Plaza de Mayo começa a AVENIDA DE MAYO, a primeira avenida da Argentina. Se ao passear por ela você tiver a sensação de estar transitando pelo boulevard de alguma cidade européia, não se admire. Ela foi inspirada nos boulevares parisienses e na Gran Vía de Madrid, e em sua época áurea abrigava luxuosos hotéis, teatros e os mais elegantes cafés e confeitarias. Um deles é o clássico Café Tortoni, lugar ideal para apreciar uma tradicional apresentação de tango.

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No entanto, a Avenida De Mayo foi construída para ser a via que une a Casa Rosada, sede do Poder Executivo, e o CONGRESSO NACIONAL, que está na sua outra extremidade. Por ela passam os presidentes eleitos no dia da posse e também se realizam desfiles e comemorações em feriados pátrios.

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Na Avenida de Mayo, o Palácio Barolo chama a atenção pelo ecletismo de sua arquitetura, uma mistura de neo gótico e neo romântico. Construído em 1923, o belo edifício foi, em sua época, o mais alto da América Latina. Uma curiosidade é que ele foi construído inspirado na obra A Divina Comédia, do escritor italiano Dante Alighieri. É possível (e recomendado) fazer uma visita guiada. Para informaçoes sobre dias e horários consulte a página https://palaciobarolo.com.ar/visitas-guiadas/ .

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Outros Lugares Interessantes na Avenida de Mayo:

• Passeio Roverano (Av. de Mayo, 560);
• Edifício do Jornal La Prensa (Av. de Mayo, 575) – Hoje Secretaria de Cultura da Cidade;
• Café Tortoni (Av. de Mayo, 826); Apresenta um excelente show de tango!
• Hotel Castelar (Av. de Mayo, 1152);
• Teatro Avenida (Av. de Mayo, 1222);
• Café 36 Billares (Av. de Mayo, 1247);
• Hotel Chile (Av. de Mayo, 1297);
• Hotel Majestic (Av. de Mayo, 1317) atualmente fechado;
• Edifício El Molino (Esquina da Av. Rivadavia e Av. Callao)

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Já na enorme Avenida 9 de Julho, na altura da interseção com a Av. Corrientes, está outro monumento emblemático de Buenos Aires, senão o mais icônico deles. Se Paris tem a Torre Eiffel e Nova York tem a Estátua da Liberdade, Buenos Aires exibe o seu monumental OBELISCO! Ele possui 67,5m de altura e foi levantado em 1936, em comemoração ao quarto centenário da primeira fundação de Buenos Aires. Marca o lugar onde foi içada pela primeira vez a bandeira nacional na cidade. 

Uma curiosidade é que ele possui no seu interior uma escada reta de 206 degraus e no seu topo 4 janelas, de onde se deve ter uma vista fantástica da cidade.  (Mas o seu interior não é aberto ao público)

Atualmente o Obelisco está dividindo o espaço com um letreiro, uma espécie de jardim vertical, com as iniciais BA. Não preciso nem mencionar o que é a disputa para tirar uma fotoca nesse letreiro, né?

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Bem próximo do Obelisco, está o TEATRO COLÓN. 

Aqui abro um parênteses para dizer que, assim como os brasileiros, o argentino tem o hábito de dizer que “são os melhores do mundo” em vários temas (o futebol que o diga…hahaha). Porém, em um aspecto eles podem se orgulhar com propriedade: o Teatro Colón está entre os  melhores teatros de ópera do mundo! E muitas vezes foi considerado o melhor, reconhecido internacionalmente pelos críticos no assunto. Ponto para “los hermanos”.

Se tiver a oportunidade de assistir a algum espetáculo, não a desperdice! Para comprar entradas ou fazer uma visita guiada, consulte a página https://teatrocolon.org.ar/es

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Além do Teatro Colón, Buenos Aires tem uma série de outros teatros que apresentam os mais variados tipos de espetáculos. A maioria deles fica na Avenida Corrientes, que por isso ganhou o apelido de “Broadway porteña”. O lugar ideal para quem quer assistir a um musical, um stand-up ou uma comédia.

Outra rua bastante movimentada e perfeita para os que gostam de fazer comprinhas, é a Calle Florida (rua Florida). É uma rua de pedestres, um calçadão, que começa próximo a Plaza de Mayo e se estende por cerca de 10 quarteirões, até a Plaza San Martin. Possui uma enorme variedade de lojas de roupas, artigos em couro, lanchonetes, sorveterias, livrarias, lojas de artesanatos e souvenires, entre outras coisas. Na esquina da Calle Florida com Av. Córdoba, se destaca a belíssima GALERIAS PACÍFICO; um centro comercial e cultural cujo edifício possui um importante valor arquitetônico e histórico. No seu interior se destaca uma imponente cúpula, decorada com afrescos e pinturas realizadas por reconhecidos pintores argentinos. Lá dentro funciona o Centro cultural Borges, com apresentações de obras de teatro e dança entre outras atividades culturais.

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Terminada a andança do primeiro dia, voltamos ao apartamento para descansar. Tinha marcado para o dia seguinte, domingo de manhã cedo, uma sessão de fotos em frente a Faculdade de Direito, no bairro Recoleta. 

Todos nós quando viajamos, usamos nossos celulares e câmeras para registrar os momentos das nossas viagens. Porém, quando a viagem significa algo especial, queremos um registro igualmente especial.  Buenos Aires é muitas vezes o primeiro destino internacional para muitos brasileiros, seja para passar férias, comemorar aniversário e até mesmo lua-de-mel. 

Eu já tinha estado em Buenos Aires outras vezes mas, desta vez, embora não haja tido nenhuma razão especial, queria esse registro especial. 

Minhas fotos foram feitas pelo fotógrafo Leonel Hayashi. Ele é brasileiro, mora em Buenos Aires e realiza um excelente trabalho. A grande vantagem de se contratar um fotógrafo brasileiro é poder conversar sobre como queremos as fotos, sugerir as poses, os lugares e ser compreendida! O Leonel tem página web, Facebook e Instagram, onde publica os seus trabalhos. Para contactá-lo, seu whatsapp é +55 17 98131-6216. Super recomendo! https://leonelhayashi.com 

Os locais escolhidos para minhas fotos foram:

A FLORALIS GENÉRICA: essa imensa flor metálica que, em 2002, foi dada de presente a cidade pelo arquiteto argentino Eduardo Catalano, cujas pétalas se abrem e se fecham por influência da luz do sol. 

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E o prédio da FACULDADE DE DIREITO DE BUENOS AIRES, um edifício que se destaca pela sua grandiosidade e arquitetura em estilo grego.

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Mas a estrela do bairro Recoleta é, com certeza, o seu cemitério! 

Sim, o CEMITÉRIO DA RECOLETA é uma das atrações turísticas mais visitadas da cidade. Entre os seus imponentes mausoléus, mais de 80 deles são considerados Monumentos Históricos Nacionais, pela sua beleza, detalhes e refinamento. 

Ali descansam importantes personalidades argentinas. Entre eles, aquela considerada uma das mulheres mais influentes do país em sua época: Maria Eva Duarte de Perón. Conhecida como Evita, foi mulher de Juan Domingo Perón, presidente da Argentina por três mandatos entre 1946 e 1974. Seu túmulo, considerado simples em comparação a outros, passa todo o dia rodeado de dezenas de turistas. 

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Terminando a sessão de fotos, fomos até o bairro Palermo, outro elegante bairro da cidade. Aliás, eu adoro este bairro! É repleto de áreas verdes, com muitos parques e praças arborizadas. Uma delícia de passear. Escolhemos conhecer o JARDIM JAPONÊS. Que lugar lindo! 

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Eu não sabia que a comunidade japonesa era tão presente em Buenos Aires, mas é. O Jardim foi construído em 1967 por ocasião da visita do então príncipe Akihito, atual imperador do Japão. Ele possui lagos com peixes, cascatas e plantas… reproduzindo um autêntico parque japonês, com casa de chá e um pagode típicos. O Jardim é administrado pela fundação cultural Argentino-Japonesa e a entrada custou 150 pesos argentinos (+/- 10 reais, valores de jul/19).

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Ainda em Palermo, passamos em frente ao PLANETÁRIO, que já havíamos conhecido em outra ocasião. Nele são oferecidas várias atividades interessantes para as crianças, e também para os adultos, por que não?

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De Palermo tomamos um ônibus e fomos ao bairro LA BOCA, para dar umas voltas pelo Caminito.

O Caminito é uma rua de casinhas coloridas, com vários restaurantes, lojinhas de artesanato, exposições de pinturas e apresentações de tango. É bem movimentado e animado, muito legal para passear, mas tenha em mentes que tudo lá é no estilo “pega-turista”. 

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A história do Caminito começa no início do século passado, quando o bairro La Boca abrigava imigrantes, principalmente italianos e espanhóis, que moravam no local por causa da proximidade com o porto. As casas eram feitas de com restos de materiais que ali eram encontrados. Com o passar dos anos, o local foi ficando abandonado, até que, na década de 1950, o pintor Quinquela Martín iniciou um projeto de recuperação do local, e ganhou o nome de Caminito em homenagem a um famoso tango. As casinhas coloridas atraíram visitantes, aumentaram a qualidade de vida dos moradores e logo se tornaram uma importante fonte de renda para a região.

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Em La Boca, disputando as atenções com o Caminito, está o estádio La Bombonera, o estádio do time de futebol mais popular da Argentina, o Boca Juniors. 

Todos sabemos que se existe uma coisa em comum entre argentinos e brasileiros, essa coisa é a paixão pelo futebol. E nada melhor para exemplificar esse sentimento do que o “Museo de La Pasión Boquense”, que fica dentro do estádio. Lá são exibidos, além dos troféus, as diferentes camisetas ao longo dos anos, fotos, recordações dos títulos conquistados, homenagem aos jogadores que passaram pelo clube, entre outras relíquias. 

O museu oferece visitas guiadas ao estádio ou somente ao museu. Mais informações na página http://www.museoboquense.com/informacion-util

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Já passava da hora do almoço. Comer no Caminito estava fora de cogitação, mas a fome era grande. Nos sentamos num boteco, na rua que dá acesso à Bombonera (que aliás fechou porque ia haver jogo) e pedimos um típico “sanguche de milanesa” (sim, lá eles falam “sanguche” e não “sanduíche”) e comemos sem medo de ser feliz!

Devidamente bem alimentados, pegamos o ônibus de volta para San Telmo. Afinal, domingo em Buenos Aires, é dia  da enorme e tradicional FEIRA DE SAN TELMO. 

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A feira foi criada em novembro de 1970, pelo arquiteto José Maria Peña, considerado o principal defensor da conservação do centro histórico da cidade. Inicialmente, era uma feira de antiguidades, que começava nos arredores da Plaza Dorrego. Porém, se expandiu tanto ao longo da Calle (rua) Defensa, que atualmente chega até as proximidades da Plaza de Mayo. São quase 10 quarteirões de feira! 

Hoje em dia, além das antiguidades, lá se vende de tudo: desde objetos de decoração, roupas, artesanatos, até comidas típicas. Além disso, a feira é palco para diversas formas de manifestações artísticas. Em volta da praça, pintores exibem seus belos trabalhos; bailarinos de tango realizam arrebatadoras performances; ao longo da feira, bandas, músicos, grupos de dança fazem entusiasmadas apresentações… Só no pouco tempo em que permanecemos na feira, assistimos a 3 blocos de carnaval! Ok, não eram bem blocos de carnaval como os que conhecemos no Brasil, mas sim grupos bastante animados de tocadores de instrumentos de  percussão arrastando seguidores por onde passavam, que iam dançando ao som da batucada.

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Além da feira, que acontece todos os domingos, San Telmo também possui um desses tradicionais mercados públicos, onde também se vende de tudo, frequentado pelos moradores locais, que vão para comprar frutas, legumes, carnes, embutidos, mas que também possui restaurantes, cafés e lojas variadas A entrada principal do Mercado de San Telmo fica na rua Bolívar, 970, mas também tem uma entrada pela rua Defensa, 963. Funciona de segunda a domingo, das 10h às 21h (sextas e sábados fica aberto até a meia-noite).

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Passando pela rua Defensa, na esquina com a rua Chile, encontramos outra atração bastante requisitada: uma pequena estátua da Mafalda (acompanhada de Manolito e Susanita, seus amiguinhos). Os turistas fazem fila para tirar fotos com uma das mais famosas personagens de histórias em quadrinhos da Argentina. Porém, há outros personagens populares das histórias em quadrinhos argentinas, homenageados com estátuas pelas ruas da região, como Don Fulgencio, Patoruzú, Gaturro, Isidoro, Clemente, entre outros. Esse circuito é conhecido como Passeio de La Historieta. Para ver o circuito completo, clique aqui .

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E assim terminou o nosso fim de semana em Buenos Aires. Dois dias intensos, percorrendo e nos encantando mais uma vez pela capital portenha.

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E não esqueça de fazer seu seguro viagem! Afinal, imprevistos acontecem!